sábado, 16 de maio de 2009

Carta Escrita em 2090!


Escrevo esta carta com uma profunda amargura e arrependimento. Estou sobrevivendo em condições precárias, em um mundo caótico, dominado pela fome, miséria, crime e desespero.
Hoje sou uma das pessoas mais idosas da minha comunidade, e tenho apenas 55 anos, mas a minha aparência é de alguém de 90 anos. A média de idade é de apenas 35 anos.
Respiramos um ar envenenado e o nosso alimento é 90% sintético. Muitas crianças jamais viram uma fruta.
Recordo quando tinha 10 anos. Tudo era muito diferente. Havia muitas florestas, rios e vales verdejantes. A casa tinha bonitos jardins e eu podia desfrutar de um longo banho de chuveiro. Agora usamos toalhas embebidas em azeite mineral para limpar a pele.
Antes, as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras. Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira. Hoje as crianças não acreditam que utilizávamos a água dessa forma. Duvidam quando dizemos que algumas pessoas varriam calçadas e davam descargas em vasos sanitário com água potável. As piscinas são uma mentira, para elas.
Recordo que os engenheiros ambientais diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção. Eram chamados de ecochatos, impediam o “progresso”. Agora, todos os rios, barragens, lagoas e lençóis subterrâneos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Por falta de água a rede de esgotos não funciona. O ar atmosférico é pútrido e nauseante. As doenças renais, as infecções gastrointestinais e as enfermidades da pele são as principais causas de morte. Com o ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos parece ter 50 anos.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático. As fabricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário.
Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber eram oito copos por dia, por pessoa adulta.
Hoje só posso beber meio copo.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio disponível na atmosfera foi drasticamente reduzido por falta de árvores. As novas gerações tem baixo coeficiente intelectual devido a escassez de oxigênio e de alimentos.
Alterou-se a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos. Como conseqüência, há muitas crianças com deformações e insuficiências.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137m3 por dia por habitante adulto. Quem não pode pagar é retirado das “zonas ventiladas”, dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar. Não são de boa qualidade, mas se pode respirar.
Em alguns países restam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exercito. A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mas do que o ouro ou os diamantes. Com frequência há violências pela posse da água.
Aqui não há arvores porque quase nunca chove. E, quando chega a ocorrer uma precipitação, é de chuva ácida.
As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição das cidades e das indústrias do século xx. Imensos desertos constituem as paisagens que nos cercam.
Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém ouviu. A prioridade era ganhar dinheiro e comprar coisas. Destruíam as florestas dizendo que era para criar empregos e trazer o progresso.
Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo como eram belas as paisagens. Falo das chuvas e das flores, do ar puro, da água cristalina, do prazer de tomar um banho em uma cachoreira e poder pescar nos rios e lagos, beber toda a água que quisesse. O quanto nós éramos saudáveis!
Ela pergunta-me:
- Papai! Por que a água acabou?
Então, sinto um nó na garganta!
Não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que destruiu o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos apelos.
Sinceramente, creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar no tempo e fazer com que toda a humanidade entendesse isso. Deixasse de ser tão ignorante e pudesse mudar as coisas, enquanto ainda é possível...

sábado, 2 de maio de 2009

Minha Turma é +-


Bom no primeiro ano de curso em 2008, a galera começou a se entrosar e se familiarizar. Pra falar verdade o ser humano é o trem mais estranho de se relacionar. Na minha sala é bem interessante cada um com suas respectivas características e peculiaridades. Ai o cerco foi se fechando, alguns desistindo do curso outros formando panelinha (coisas que até hoje acontece constantemente), os famosos grupinhos dentro de sala. Alguns atritos entre colegas de sala, alguns casos de romances e etc. Ai entrou alguns personagens em nossas vidas, personagens estes que mudaram completamente o nosso jeito de agir, falar, se entrosar com os demais dentre outras coisas. Estes personagens são professores e funcionários e colegas de outros cursos. Essas divisões de grupinhos dentro da sala começaram com vários lados, depois veio o grupo dos macacos, grupo do gueto, clube da Luluzinha, lado A e lado B entre outras subdivisões. Ainda iremos presenciar e vivenciar várias outras divisões e subdivisões de nossa sala. Agora o que eu desejo é que isso não se torne motivo de conflitos de rompimentos de grandes amizades, que essas subdivisões não sejam levadas tão a séria, que elas venham apenas para apimentar um pouquinho nossa amizade, deixando o meio em que vivemos um pouco mais dinâmicos. (como se fosse um casamento, lembrado que teremos divórcio em 2012, srsrsrsr) .